quinta-feira, 26 de junho de 2008

Reprodução dos Canários

O ciclo da reprodução dos canários, desde a postura dos ovos até que as crias saiam do ninho, dura cerca de um mês. Durante esse tempo, os pássaros têm de cumprir uma série de obrigações que são reguladas por processos biológicos complicados. Se uma das fases desse processo não se desenrola normalmente, todo o ciclo pode ser perturbado. Não devemos de maneira nenhuma intervir na sequência natural da reprodução. É necessário lembrarmo-nos de que os canários são individuais e que têm gostos diferentes. Não podemos portanto tratar todos da mesma maneira, o que aliás se aplica de uma maneira geral à criação de todos os animais. Dizem os entendidos que há aves mais fáceis de criar do que os canários, eu penso que não é difícil, desde que se tenha espaço, gosto e paciência, principalmente no início. Um dos primeiros problemas que surge é quando juntar os canários. Eles são muito influenciados pela duração do dia mas penso que também são sensíveis ao aumento das temperaturas. Eu tenho procedido à junção dos casais no final de Fevereiro, (a minha região é muito fria). Os meses de Março, Abril, Maio e Junho são os meses de criação. Há basicamente dois métodos. Um consiste em juntar o macho e a fêmea durante todo o ciclo, para que ambos partilhem as tarefas como um "bom casal". É talvez o mais natural e deve ser posta em prática desde que não haja nenhum inconveniente. O outro método consiste em retirar o macho no final da postura ou porque ele é agressivo e pode perturbar o choco, ou porque queremos aproveitar as boas qualidades do macho para juntar a outra fêmea. É necessário estar atento. Há machos que criam melhor os filhotes do que as próprias fêmeas e há fêmeas que abandonam o ninho se o macho for retirado. O melhor é conhecer bem as aves e optar pela melhor solução para cada caso.

Temperamento dos Canários


Os canários têm um óptimo convívio com outras aves e também dividem muito bem o espaço entre si, sem agressões. O único senão, é não se misturarem com outras espécies de tentilhões, uma vez que podem cruzar e as crias serem estéreis. Vivem muito bem em qualquer ambiente, e em qualquer clima, dando-se melhor em climas temperados, podendo ser criados numa sala de estar, numa gaiola simples , ou mesmo ao ar livre. Geralmente, os machos são criados em separado em virtude da beleza do seu canto. De forma geral, os canários são calmos, mas algumas aves podem ser mais agitadas. Mesmo os canários mais agitados dão-se muito bem com os criadores, podendo ter uma relação até bem próxima, sem nunca vão ser tão domesticadas como um periquito ou um papagaio, por exemplo.

História dos Canários

Os canários domésticos não são encontrados na natureza, mas esta variante teve origem do cruzamento do canário selvagem e de outros tentilhões, além de sofrer também algumas mutações. O canário selvagem pode ser encontrado em diversos locais, entre eles, o arquipélago das Canárias e da Madeira. Quando descobriram as ilhas Canárias, no século XV, os espanhóis levaram os primeiros exemplares para o continente. Os primeiros criadores foram frades, que só vendiam exemplares machos para o estrangeiro, para que a criação mundial dependesse de Espanha. No entanto, no século XVII, os italianos conseguiram contrabandear uma ninhada de fêmeas, contribuindo, assim, para a difusão dos canários pelo mundo. O primeiro canário de que se tem conhecimento foi encontrado nas Canárias por volta de 1402. Uma curiosidade é que as ilhas receberam já tinham esse nome antes da descoberta da ave. De acordo com a lenda, os romanos chamavam-nas de "ilhas dos Cães" por serem habitadas por um tipo de raça de cães de grande porte. A palavra “canário" deriva de "canis", ou seja, cão em latim. Já no século XV, tem-se notícias de canários sendo criados como animais de estimação na Europa. Ao longo dos tempos, uma grande variedade de canários foi desenvolvida. Alguns foram criados simplesmente pela habilidade vocal, onde a aparência não tinha importância. Até a Revolução Industrial, quando não ainda não haviam máquinas ruidosas, alguns artesãos costumavam manter canários em suas lojas para entretenimento. Essa prática de manter canários nos locais de trabalho acabou levando-os para as minas de carvão, onde (tristemente) os canários serviam de alarme para o trabalhador quando aqueles morriam devido à liberação de gases tóxicos. As experiências dos ingleses com os tamanhos e formas que um canário poderia apresentar, conseguiu criar algumas variações da raça, como por exemplo o Norwich, o Yorkshire e o Gloster. Já os franceses e italianos preferiram lidar com a postura dos canários e obtiveram vários exemplares com diferentes posturas. Até o início do século XX, o canto e a forma dos canários eram o único alvo da dedicação dos criadores. No entanto, uma mutação genética em um viveiro de canários de canto despertou a atenção dos criadores tradicionais para outra característica dos canários: a sua cor. Desta forma, teve início um novo interesse por parte dos criadores e desencadeado as mais de 300 cores conhecidas actualmente.

Reprodução dos Cágados



O acasalamento ocorre mais ou menos 1 mês antes dos ovos serem postos, o macho coloca - se em cima da fêmea preso pelas unhas à sua carapaça introduz o seu orgão sexual dentro da cloaca da fêmea e aí liberta o esperma, por volta de Maio/Junho a fêmea abre uma cova na terra com cerca de 15cm de profundidade e aí coloca os seus ovos (1 a 20), depois da postura tapa a cova com os seus membros inferiores. Depois de cerca de 6 meses as crias nascem com uma carapaça mole mas já preparadas para o mundo que as rodeia.Curiosidade: o macho distingue - se da fêmea pelo seu comprimento, o macho não mede mais de 22cm e a fêmea chega aos 26cm.O exemplar da espécie que está na imagem é um cágado de carapaça estriada.

O Cágado Mediterrânico

O cágado mediterrânico é espécie mais comum em Portugal, vive em pequenos lagos, charcos, lagoas e em ribeiros com pouca corrente, alimenta-se à base de insectos, caracóis, pequenos peixes e por vezes até algumas aves, se tiver algum em casa poderá optar por lhe dar comida própria para tartarugas mas é preferível dar restos de comida. O cágado mediterrânico passa a maior parte do dia dentro de água ou a apanhar banhos de sol. Durante o Inverno costuma hibernar num curto espaço de tempo, por vezes pode até estivar se a água que havia na zona em que vivia secou.

sábado, 21 de junho de 2008

Cuidados das Chinchilas


O local adequado para a chinchila é uma gaiola espaçosa, que fique em um lugar arejado e seco - onde não bata sol - e que tenha uma temperatura adequada, entre 18° e 22°C. Como elas não toleram temperaturas muito altas, coloque um ventilador, se possível, nos dias mais quentes. No entanto, não deixe sua chinchila em locais onde haja corrente de vento ou em temperaturas inferiores a 18ºC, pois ela poderá contrair pneumonia.
Passeios diários fora da gaiola são importantes para que a chinchila possa se exercitar e interagir com seu dono. As chinchilas são animais naturalmente desconfiados, mas que, com a convivência, vão aos poucos se tornando mais dóceis. Durante os passeios de sua chinchila é importante cuidar para não expô-la a ambientes que ofereçam riscos, como fios elétricos, etc. Deve-se também manter os vasos sanitários sempre fechados e pequenos orifícios tapados (você não acreditaria os lugares em que uma chinchila consegue se esconder). A supervisão constante do animal fora da gaiola é extremamente necessária, pois acidentes podem ocorrer com facilidade.
Um banho periódico é importante e pode ser muito divertido e engraçado, tanto para a chinchila como o dono. Contudo, o banho é feito com carbonato de cálcio ao invés de água, em uma banheira que deve ser posta dentro da gaiola apenas durante o tempo do banho. O carbonato é um pó branco bem fino, que tira a sujeira e oleosidade do pêlo. Não devem ser usados areia ou talco para o banho, apenas o produto específico.
Os dentes das chinchilas crescem o tempo todo, então é preciso gastá-los. Coloque dentro da gaiola a casca de um côco (somente a casca!!!) para que ela possa roer. Alguns tipos de madeira também podem ser colocados, mas é importante que elas não sejam resinosas e não tenham recebido inseticidas.

Gaiola para Chinchilas

As gaiolas das chinchilas devem ser feitas de metal, uma vez que, como roedores, estes animais conseguem escapar de gaiolas em madeira ou plástico. O metal não deve ser pintado ou coberto com plástico, pois a chinchila roê-lo-á. Os espaços entre as barras não devem ser maiores do que 2,5 x 5 cm. Para ajudar na limpeza, é aconselhável que a gaiola tenha um tabuleiro removível em baixo onde poderá facilmente limpar as fezes. Neste caso, pode usar jornal para forrar o fundo. Caso não tenha um tabuleiro removível, pode usar aparas de madeira como substrato, de preferência de pinho. A gaiola deve ser colocada num sítio onde não receba luz directa do sol.Um bebedouro e um comedouro são obrigatórios e devem, preferencialmente, estar presos às grades laterais, para evitar que a chinchila urine na comida e na bebida ou que entorne o conteúdo dos mesmos.A gaiola deve ter uma roda de exercício própria para chinchila, que deverá rondar os 40 cm. As chinchilas devem ter acesso à roda desde pequenas, caso contrário podem não se habituar a andar nela.

Reprodução das Chinchilas

O tempo de gestação é invulgarmente longo, 111 dias. As crias, de 2 a 6, nascem já de olhos abertos e com a pelagem completa. Começam a explorar o mundo que as rodeia, pouco depois do nascimento. O desmame dá - se com cerca de 6 semanas e podem ser retiradas à mãe com 2 meses. O primeiro cio acontece entre os 7 e os 9 meses.

Temperamento das Chinchilas

As chinchilas são animais nocturnos. Na natureza preferem sair à noite, quando a temperatura já arrefeceu. Em cativeiro, as chinchilas podem permanecer acordadas durante o dia, caso sejam estimuladas. São bastantes simpáticas e dóceis. Uma vez que é bastante tranquila e nocturna, o dono deve proporcionar-lhe um ambiente calmo, sossegado e em que seja possível a sua actividade nocturna.As chinchilas são animais enérgicos, gostam de brincar e usam bastante a roda. Como são nocturnos fazem barulho geralmente à noite, por isso se tem o sono leve, poderá ter de as transferir para outro local.

História das Chinchilas

As chinchilas são roedores que vivem na Cordilheira dos Andes, no Chile. O seu nome significa literalmente “Chincha Pequena”. Chincha é o nome dos nativos dos Andes que utilizavam o pêlo deste animal para fabricar roupas, na altura em que os conquistadores espanhóis chegaram a esta região.O primeiro registo escrito deste animal surge no século XVI, quando um padre espanhol descreve as chinchilas no seu livro sobre os animais da cordilheira dos Andes.O ambiente desértico em que habitam é bastante rigoroso. As planícies dos Andes são quentes de dia e muito frias de noite. As Chinchilas vivem entre 3 mil a 5 mil metros de altura e abrigam-se em túneis que escavam ou em buracos de rochas espalhados pelas montanhas. Alimentam-se de plantas, sementes e mais raramente de pequenos insectos. Assim que as Chinchilas se tornaram conhecidas no mundo Ocidental, a captura por causa do seu pêlo intensificou-se. No século XVIII e XIX, a procura atingiu picos alarmantes que levaram à extinção de uma espécie, Chinchilla Real, e à escassez das outras duas restantes, Chinchilla Lanigera e Chinchilla Brevicaudata.A reprodução de Chinchilas em cativeiro foi problemática. Os primeiros animais capturados para criação eram bastante nervosos e necessitavam de um ambiente bastante tranquilo para poderem viver. Só em 1895 se conseguiu uma produção com sucesso que foi arrasada no ano seguinte por uma epidemia. Em 1918, Mathias Chapman, um engenheiro de minas norte-americano, entrou em contacto pela primeira vez com chinchilas. Gostou do animal e lançou-se na difícil tarefa de tentar criá-las em cativeiro. Mas primeiro tinha de as capturar no seu ambiente natural. Devido à escassez de exemplares, o governo chileno mostrou-se reticente quando à captura, mas acabou por ceder devido à forte pressão de Chapman. Este engenheiro de minas demorou três anos a capturar 11 chinchilas, das quais apenas três eram fêmeas, e teve de subir a mais de 3500 metros para o fazer. Na volta, preferiu demorar um ano a descer a montanha para que as Chinchilas pudessem aclimatizar-se. Este foi o início das Chinchilas em cativeiro. A produção deste animal para o comércio de peles só se iniciou por volta de 1920. Hoje em dia, o comércio de pele de Chinchila não depende dos exemplares selvagens. Existem quintas de criação onde os animais são criados especificamente com esse fim. Mas só por volta de 1960 é que as Chinchilas começaram a ganhar popularidade como animais de estimação.As Chinchilas são animais protegidos, considerados vulneráveis no estado selvagem.